quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Morreu preso político cubano após 85 dias de greve de fome

O prisioneiro cubano Orlando Zapata Tamayo morreu ontem em La Havana, após 85 dias de greve de fome, confirmaram fontes da dissidência, que acusam o governo de Cuba de permitir a sua morte premeditadamente. “É uma tragédia terrível, a morte de Oralando tinha sido perfeitamente evitável. Pode considerar-se que foi assassinado com consentimento judicial”, declarou Elizardo Sanchéz, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

A mesma fonte explicou que a saúde de Zapata estava em estado crítico há já alguns dias e denunciou que as autoridades esperaram mais de uma semana para transladá-lo para o hospital da prisão de Camaguey. “Foi assistido mesmo nas últimas…”, concluiu Sanchéz.
Até à data o governo cubano ainda não fez nenhum comentário oficial.

Zapata, de 42 anos, foi detido em 2003 numa operação que levou 75 opositores do regime à prisão, sob a acusação de conspirarem a favor dos EUA. A sentença foi, na altura, considerada muito violenta, mas na altura provou-se que, na realidade, Zapata não pertencia ao alegado “grupo dos 75”. Por isso foi condenado a três anos de pena de prisão por desacato, desordem pública e desobediência. Fontes do movimento de direitos humanos garantem que a sua postura desafiante face aos guardas prisionais resultou numa agravação da pena. Somadas todas as acusações de pequenos delitos, Zapata acabou condenado a cerca de 30 anos de pena de prisão.

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