terça-feira, 31 de março de 2009

Diogo Carvalho faz história

Diogo Carvalho, que tem raízes Palhacenses, bateu mais um recorde nacional absoluto no Campeonato Nacional de juniores e seniores que terminou na Piscina do Estádio Universitário de Lisboa no passado fim-de-semana. O nadador olímpico português estabeleceu um novo máximo de Portugal nos 100 metros mariposa, com a marca de 52.42, que constitui também mínimo de qualificação para o Campeonato do Mundo. Diogo Carvalho bateu a marca de 52.80, estabelecida por Simão Morgado durante os Jogos Olímpicos de Pequim. O internacional português do Galitos foi o grande destaque da competição, dado que obteve mínimos para os Mundiais nas cinco provas em que participou e fixou dois novos recordes absolutos.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Em Portugal, a corrupção compensa?

Domingos Névoa preside à "Braval" com Pedro Machado a director-geral

A Assembleia-Geral da empresa intermunicipal "Braval" aprovou ontem por unanimidade a contratação de Pedro Machado para director-geral desta sociedade, composta pela AGERE (em representação da Câmara de Braga, que detém mais de dois terços do capital social) e pelos municípios de Póvoa de Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro, Vieira do Minho.

O Conselho de Administração desta empresa pública será, contudo, presidido pelo empresário Domingos Névoa (accionista da AGERE), pela ex-vereadora PS da Póvoa, Rita Araújo (indicada por Braga), e pelo social-democrata Luís Amado Costa (indicado pela Câmara povoense, liderada por Manuel Baptista).


Texto, José Carlos Lima
Publicado a 28-03-2009 no «Diário do Minho»

domingo, 29 de março de 2009

Globalização (da pobreza) e dificuldade em governar

Belíssimo, o poema de Jorge de Sena aqui deixado pelo Paulo Carvalho. Assenta como uma luva nos efeitos que a globalização provoca e que já se fazem sentir um pouco por todo o lado. A mensagem é de uma actualidade desarmante.

Versos que nos salvam. Versos que nos interpelam. Perante as ameaças, que temos feito para tornar o mundo melhor e mais humanizado? Como travar a globalização da pobreza e a concentração da riqueza num número cada vez mais restrito de pessoas? Queremos melhorar ou destruir o mercado? E o progresso, passa pelo mercado global? Tantas perguntas ... quantas respostas?

Por mim, não acredito em soluções alternativas que suprimam a democracia. Parte da solução residirá, assim, no seu aprofundamento. A intervenção cívica dos cidadãos não pode limitar-se ao exercício do direito de voto de quatro em quatro anos. Mais democracia significa aprofundá-la no domínio económico, social, cultural e ambiental. Importa formar e estimular uma verdadeira opinião pública mundial, própria de cidadãos e não de súbditos, capaz de contrariar a lógica actual da globalização que sobrepõe o lucro à protecção dos cidadãos.

O que é preciso é globalizar a paz e não a guerra, mas tendo presente que a paz não é a ausência de guerra. O que importa é promover a felicidade e não a miséria mais extrema. A globalização deve estar ao serviço do homem e não dos que tudo fazem para o aniquilar. Só assim a humanidade se reconcilia consigo mesma.

Governar bem, a favor dos que mais precisam, será assim tão complicado ou difícil? Salazar, imbuído da mística do sacrifício, costumava dizer: se soubésseis o que custa governar, gostaríeis de servir toda a vida. Mais terra a terra, mas particularmente lúcido e objectivo, o poeta popular António Aleixo lá ia encontrando razões para os desconcertos da governação:

Há tantos burros mandando,
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Termino com o poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht. As suas palavras são balas dirigidas à realidade da Alemanha hitleriana, mas são também intemporais. Aplicam-se a qualquer outro tipo de governação onde a “tolice com cabeça de touro”, como dizia o Eça, costuma assentar arraiais e desculpar-se com a DIFICULDADE DE GOVERNAR.

I
Todos os dias os ministros dizem ao povo
como é difícil governar. Sem os ministros
o trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
nunca mais haveria guerra. E atrever-se-ia a nascer o sol
sem autorização do Fuhrer?

II
É também difícil, ao que nos é dito,
dirigir uma fábrica. Sem o patrão
as paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
ele nunca chegaria ao campo sem
as palavras avisadas do industrial aos camponeses.
Quem,
de outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

III
Se governar fosse fácil
não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Fuhrer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
e se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para portas
não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
É só porque toda a gente é tão estúpida que há necessidade de alguns tão inteligentes.

IV
Ou será que
governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
são coisas que custam a aprender?

Carta a meus filhos, de Jorge de Sena

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente â secular justiça,
para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de urna classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.














Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadela de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém
está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
multas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam «amanhã».
E. por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

sábado, 28 de março de 2009

Aldeia (G)Local

Nos chamados «dias inúteis» da semana, deixo para leitura e/ou reflexão duas letras de canções de uma banda portuguesa de culto: os Mão Morta. Convido-vos a, com as palavras do Adolfo L. C., iniciar uma viagem por território semi-ficcional-semi-real sobre o «mundo profundo», que provavelmente conhecerão de perto.

«Conferência das Nações» e «Aldeia Global» - as letras em questão - integram um álbum conceptual, assumidamente inspirado no situacionismo (mais um «ismo» discutível), a meio caminho entre a vida real e a arte.

Em vésperas da muito aguardada reunião do G20, em tempo de pacotes multi-crise, aproveito as já velhas potenciais «novas tecnologias», para partilhar dois textos - actuais, ainda que sujeitos a críticas, editados em 1997 - sobre os prós e os contras das globalizações e sobre as reuniões megalómanas de megapoderosos para discutir algumas soluções para a saída do pessimismo generalizado em que as falhas na regulação económica e financeira mergulharam o globo. Será diferente desta vez? Sugiro que preparemos, entretanto, as nossas reuniões informais tamanho P, com os globos oculares despertos, para dar a volta por cima, também a nível local, deste sentimento de incerteza.


ALDEIA GLOBAL

anda eufórica toda a gente com a era da informação,
fechada em casa, ligada à rede ou grudada à televisão,
na vertigem das notícias em constante circulação,
sempre mais e mais depressa,
tornou-se a grande obsessão.

"é a aldeia global" - explicam num júbilo imbecil,
prontos a desfilar o rosário de maravilhas dos novos tempos,
sem discernirem que aldeia sempre foi o sinónimo de isolamento e conformismo,
de mesquinhez, aborrecimento e mexerico,
e que, de qualquer modo, o que verdadeiramente importa se mantém secreto.

do além-mar ou da máfia - julgam que tudo se pode saber econonomia ou política?
o difícil é o escolher crimes de sangue, relatos de amor são mais fáceis de perceber
"é a aldeia global" - explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de últimos acontecimentos,
sem discernirem que, contrariamente ao mundo observado directamente,
em que a relação com o real é absoluta, estão a consumir meros resumos simplificados da realidade,
manipulados num fluxo de imagens de que são simples espectadores e
cuja escolha, cadência e direcção não controlam,
nem têm possibilidade de verificar a veracidade,
e em que, finalmente, no frenesim meticulosamente planeado de dados surpreendentes,
o que verdadeiramente importa se mantém secreto.
o que importa é saber onde raio se oculta o poder.



CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES:

Terminou sem qualquer acordo a 23ª conferência das nações.

Reunida com o objectivo de discutir um limite para o número de vítimas de atentados causados pela concorrência empresarial, sobre a mesa estava uma proposta das organizações não governamentais para reduzir, até 2010, o número global de vítimas em 20%, menos um milhão do que as actualmenteverificadas.

A União dos Estados Avançados, responsável por mais de 50% dos números existentes, considerou a proposta irrealista, com consequências catastróficas para a economia da união economia mundial.

No que apelidou um gesto de boa vontade, a U.E.A. propôs um compasso de espera para a reconversão da indústria, através da manutenção do actual número de vítimas até 2010. A Comunidade de Estados concorda em reduzir o número de vítimas, mas defende uma calendarização diferente: propõe menos 5% até 2001, 10% até 2010 e 20% até 2015.

O escalonamento é justificado com os custos de adapatação que a redução implica. Por sua vez, a Federação dos Estados do Sul, defensora da redução global proposta, reivindica um aumento de 40% da sua quota de vítimas, de forma a atingir o nível da União dosEstados Avançados.

Face ao impasse das negociações foi marcada nova conferência das nações para 2001. Até lá, estima-se que o número de vítimas ultrapasse os seis milhões por ano.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Poder Municipal/ Isaltino Morais dixit

À saída do Tribunal de Sintra, Isaltino Morais:

«Todos os dias (assino despachos sem ler) ... Mas qual é o presidente de Câmara que não assina coisas, todos os dias, sem ler?»

MOUVA JÁ É 1ª PÁGINA DO JB

Pois é bem verdade o empreendedorismo desta equipa dá os seus passos muito bem dados.

Se ontem soube que no Boletim da JF da Palhaça este evento vai ser bem divulgado por toda a freguesia.

Hoje com agrado verifico o seu destaque na 1ª página do JB



Parabéns à Organização.

Sérgio Pelicano

terça-feira, 24 de março de 2009

Web Cegonhas

Hoje trago-vos um site que tenho andado a apreciar há umas semanas.



(Clique na Imagem para aceder ao site)

Trata-se do” Webcegonhas – Condoninho da Renata resulta de uma parceria entre o jornal Público, a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) e a Redes Energéticas Nacionais (REN). É um projecto de divulgação e sensibilização ambiental que pretende dar a conhecer as acções que a REN desenvolve para a conservação da cegonha-branca e que vai permitir o acompanhamento de um ninho da espécie, através da montagem de uma câmara de filmar num apoio de uma linha de muito alta tensão. Imagens que vão poder ser vistas e comentadas em directo num blogue alojado no Público online.
Esta iniciativa faz convergir os objectivos de três projectos já em curso: Programa Público na Escola, Zappiens e Programa Condoninho.
- No âmbito do Programa Público na Escola, o Público está já a promover três projectos que têm como principal objectivo estimular a conservação da Natureza e a protecção do Ambiente, junto dos alunos das escolas básicas e secundárias: Grifos na WEB, Lagartis e Morcegos na WEB. O projecto Webcegonhas – Condoninho da Renata é o quarto a juntar-se a estas iniciativas pedagógicas.
- A FCCN tem em curso o Programa Zappiens – um site de agregação e visualização de vídeos e conteúdos multimédia educativos e/ou científicos de qualidade, produzidos em ambiente escolar, preferencialmente em Portugal e em língua portuguesa, que utiliza o multimédia para o conhecimento. No projecto Webcegonhas – Condoninho da Renata, a FCCN fica responsável pelo alojamento e reencaminhamento das imagens para o jornal Público online, bem como pela divulgação da iniciativa através do Zappiens.
- O Programa Condoninho, que a REN pôs em marcha em 1993, surgiu para realojar um número crescente de famílias de cegonhas-brancas que elegiam os postes de electricidade para construir os seus ninhos. Desde então, a REN já realojou mais de 1700 ninhos, com a instalação de plataformas em locais seguros para a nidificação e pela colocação de campânulas próprias para afastar as cegonhas das zonas perigosas.
O Webcegonhas – Condoninho da Renata não implica a captura nem a manipulação de indivíduos de cegonha-branca, mas apenas a filmagem de um ninho da espécie que vive em estado selvagem. “


Sem dúvida um local a visitar e acompanhar.
Por fim fica dado o mote igualmente ao MOUVA, para transmitir via Web cada uma das feiras que venha a ser realizada.
É só mais uma ideia que certamente os Palhacenses que estão lá fora ficariam muito gratos.


Sérgio Pelicano

Formas












Foto de Paulo Carvalho


Se a noite tivesse mãos. Poderia então rasgar-se por dentro. Alinhavar, tecer. Restaurar-se. Reformular-se. Que noite seria, depois?
Leveda, em todo o caso. Está lêveda.
Quem polvilha o fermento, quem o mistura com a massa?
Pão e jarra são um degrau acima do nada. Farinha e barro, um degrau abaixo. Pão e jarra, ambos cosidos com agulhas de fogo,
ambos cozidos às mãos do fogo.
Contornos talhados, carne que amadureceu.

Como as mãos vivas diante do forno.

Poema de Paulo Sarmento

segunda-feira, 23 de março de 2009

10 Fotógrafos na ADREP



A ADREP apresenta uma Exposição Colectiva de Fotografia, entre 22 de Março e 5 de Abril, de sexta a domingo, entre as 10 e as 21:00 horas.
Os trabalhos expostos pertencem a dez fotógrafos nacionais, alguns amadores, outros profissionais, que se juntaram para este projecto. São eles: Albano Soares (do Porto), Alberto Maia (da Trofa), Carlos Mexedo (do Porto), Carlos Tavares (radicado na Alemanha), Dilsa Dias (V.N. Gaia), Humberto Machado (Porto), Marcos Oliveira (Porto), Maria Isabel G. Silva (Cacém), Paulo Penicheiro (Leiria) e Rui Soldado (Évora).

domingo, 22 de março de 2009

Para que não se diga que a poesia não passou por aqui...


Aparentemente, o Dia Mundial da Poesia passou-nos ao lado. Aqui ao pé de nós, em Bustos, a coisa foi diferente: uma conterrânea, de seu nome Marineide Simões dos Santos, teve as suas primícias poéticas com a apresentação da obra Canto e Amanhece. E o blog Notícias de Bustos também guardou um cantinho para a poesia.

A poesia é a língua dos sentimentos e das ideias por excelência. E também serve para comer, como gostava de repetir Natália Correia. Isto para dizer que passei o fim de semana embalado na esperança de ver algum palhacense a deixar aqui qualquer coisa da sua lavra. Ao que parece, as musas continuam arredadas do nosso convívio...

Lanço então um repto: em momentos que considerarmos adequados, podíamos deixar aqui algumas poesias escritas por gente da nossa região, ou até fora dela. Seria uma forma de divulgar o que por cá existe, de não deixar cair no esquecimento o labor poético dos bairradinos ou de gente de outras regiões que nos são próximas.

Deixo-vos dois poemas de que gosto, e que me parecem apropriados ao tempo presente. Porque estamos na Quaresma, um chama-se Cristo; o outro dá pelo nome de Guevara, e curiosamente ambos falam em Cristo e na crucificação. Lembrei-me dele por causa do filme recente «Che: El Argentino», realizado por Steven Soderbergh.

O soneto é de um poeta aveirense quase desconhecido das gerações mais novas e lamentavelmente ignorado em Aveiro. Falo de Luís Regala, o invólucro material de Pedro Zargo, que até tem nome de rua na cidade, mas cuja obra continua por publicar. A Câmara parece esquecer-se que o desprezo a que devota o seu trabalho poético, em grande parte inédito, é uma coisa bem mais aviltante que o esquecimento.

CRISTO

Eis-me também de angústias trespassado
E cuspido de insultos e de pragas!
Eis-me também, Senhor!, nu e esmagado
Do mesmo Teu Amor com que Te esmagas!

Como Tu, tenho o rosto macerado,
A fronte em sangue, o suor caindo em bagas...
E as chagas do meu corpo flagelado
Gritam a mesma dor das Tuas chagas!

E, entre os Dois, que destino Nos separa:
A Ti, uma só vez, Deus solitário,
Pregou-Te em Tua cruz a turba ignara...

Mas eu (eis-me Senhor, mais desgraçado!)
Todos os dias subo o meu Calvário!
Todos os dias sou crucificado!


Agora o poema de um autor consagrado, o médico Adolfo Rocha, conhecido na poesia por Miguel Torga. Podem encontrá-lo no Diário X, pp. 166-67. Foi escrito na morte do Che.


GUEVARA

Não choro, que não quero
Manchar de pranto
Um sudário de força combativa.
Reteso a dor, e canto
A tua morte viva.

A tua morte morta
Pelo próprio terror em que ficaram
À sua frente
Aqueles que te mataram
Sem poderem matar o combatente.

O combatente eterno que ficaste,
Ressuscitado
Na voluntária crucificação.
Herói a conquistar o inconquistado,
Já sem armas na mão.

Quem te abateu, perdeu a guerra santa
Da liberdade.
Fez brilhar na manhã do mundo inteiro
Um sol de redentora claridade:
O teu rosto de Cristo guerrilheiro.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Agenda: Eleições Europeias

Foi, hoje, definida, pelos partidos com assento parlamentar e pelo presidente da República, a data para as eleições ao Parlamento Europeu: acontecem a 7 de Junho.

O Futuro vai nascer aqui

Passados mais de 75 anos as crianças da Palhaça vão ter um parque escolar com toda a qualidade que merecem. Este é o melhor investimento que podemos fazer nas próximas gerações de Palhacenses. É uma obra de grande importância para o futuro da Palhaça. Um processo exemplar em torno do qual se uniram vontades e se concentraram recursos. Da autarquia à administração central, dos pais aos professores, passando pelos alunos e auxiliares educativos, todos têm uma quota parte de mérito no trabalho realizado. São todos merecedores deste investimento.

Daqui a 14 meses – se tudo correr bem – o velho edifício das Escolas Primárias vai ficar “desactivado”. Espero, sinceramente, que seja dado o melhor destino ao uso do edifício. A memória colectiva de várias gerações de Palhacenses (mais de 75 anos) deve ser preservada. Aquele edifício tem história. Daquelas salas sairam ilustres Palhacenses que fizeram ou fazem história por onde passam. Que nenhuma sede de Associação apague a história daquelas paredes, quadros, escadas, mesas, armários, mapas, etc.. Gostava mesmo que isso não acontecesse. Temos tempo para tomar boas decisões.

terça-feira, 17 de março de 2009

[Iniciativas] «Portugal É de Todos»












«Num ano em que se decidem três eleições e o país está mergulhado numa crise de esperança, desafiamo-lo a preencher este formulário com ideias que ajudem a construir um Portugal melhor e mais solidário (use um máximo de 400 caracteres por ideia; não é obrigatório o preenchimento de todos os campos). A sua contribuição será divulgada nos sites SIC, Expresso, VISÃO e AEIOU e entregue, no dia 25 de Abril de 2009, data em que se comemoram os 35 anos da Revolução dos Cravos, ao Presidente da República, a todos os grupos parlamentares, ao Conselho de Ministros, à Associação Portuguesa de Municípios e a diversas organizações representativas da sociedade civil».





Podemos depositar os contributos aqui.





domingo, 15 de março de 2009

Pela Dignidade na Migração e na Vida




















A comunidade imigrante manifestou-se hoje em Lisboa contra a desigualdade de direitos entre cidadãos estrangeiros e nacionais e para exigir documentos que permitam aos imigrantes trabalhar de "forma legal e digna". (in Público)


Estou ciente de que é tabu ou fracturante em Portugal - por falta ou por extrapolação da informação, medo irracional, e/ou unilateralidade na visão, entre outros motivos - o tema da Imigração. Reformulo a frase, para ampliar a questão: estou ciente de que o tema da fracção é, mais do que o do trânsito e da fixação, o da assimilação da diferença e da bilateralidade.

Há exercícios simples, mas sensatos, que evitam ou já evitaram ou aliviaram muita tensão em que nos envolvemos ou a que assistimos: 1) colocarmo-nos no lugar do outro, 2) olharmo-nos ao espelho (não só ao estilo de Narciso), 3) argumentarmos, sem medo da impopularidade junto dos interlocutores, quando julgamos, mal ou bem, ouvir injustiças, mitos, simplificação ou parcialidade, e 4) partir para o diálogo, para o conhecimento real do «outro», que pode estar muito distante da imagem do «diz-que-diz-que» ou do estereótipo perpetuado sem questionamento (Nota: Estas sugestões foram tudo menos criadas por mim... No entanto, dirigem-se a mim também. Não há imunidade humana à irracionalidade, ao impulso, ao erro, feliz ou infelizmente).

Porém, opto agora pela via das perguntas e da exposição de algumas visões sobre Portugal e a sua relação com o exterior e o seu histórico de migrações e «mestiçagem».

Portugal, um país historicamente marcado pela viagem, pelo risco, pela diáspora - alguma ilegal e sofrida, que tocou inclusive conterrâneos (quantos palhacenses? quantos destinos?) - e pelos cruzamentos étnicos e culturais, simultaneamente xenófobo?

Poder-se-á dizer que a xenofobia (que «abarca» muitas fobias) - medo obscurantista e irracional do estrangeiro, do corpo estranho, da diferença (ou de nós próprios?) - é cultural e, por isso compreensível, mas também é culturalmente portuguesa a história dos intercâmbios, de partidas. Afinal, onde ficamos e para onde vamos (por falar em migrações)?

Provavelmente vários países navegarão, durante mais alguns séculos, entre estes dois pólos, estes dois portos... Entretanto, pelo e a caminho, cruzar-se-ão com clandestinos, precários, em cima de lanchas ou embarcações de resistência duvidosa, ou em terra, em busca de uma vida melhor (afinal, não é isso que todos desejamos?). Uns morrem no e a caminho; outros sobreviverão, fortes ou enfraquecidos. Em «terra», as oportunidades dependerão de quem está ou não para os acolher, lhes dar oportunidades.

Por nos situarmos em território da civilidade, não quero deixar passar em branco esta corajosa manifestação de cidadania, em Lisboa, contra o pré-juízo e o prejuízo, o preconceito (mal) disfarçado (o «eu até tenho um amigo que...»), o racismo, a tacanhez proteccionista, a sombra e a perversão da clandestinidade, o tráfico humano de seres desprotegidos, os abusos laborais e a burocrática odisseia (nos SEF e não só) em busca dos direitos civis, e a favor de um Simplex na legalização dos imigrantes (descansem, os alarmistas: a legalização implica direitos, mas também deveres), da diversidade, intercâmbio e consequente enriquecimento cultural e, acima de tudo, da dignidade humana, num mundo irreversivelmente globalizado (para o bem e para o mal).

Em jeito de conclusão sobre o tema, deixo uma questão e uma tentativa de resposta:

Se um imigrante, cidadão honesto, for bem sucedido (melhor do que eu) em Portugal, porque não ficarei eu satisfeito? Que relevância terá a sua proveniência, ou terão os prefixos?

A Justiça - nos vários sentidos do termo, mesmo que humana e defeituosa, por isso - terá que ser patriótica, proteccionista? Não, pelo contrário. Acho que este cidadão deverá ter todos os direitos e deveres que eu, nascido aqui, possuo. Penso em hipóteses, em cenário de instabilidades e de hipotecas de futuro, em Portugal: Um dia poderei ter eu, e muitos jovens sem perspectivas (em sectores do mercado de trabalho esgotados), que emigrar e espero esperança (passe o pleonasmo). Penso ainda que nasci em Portugal, sem ter pedido: Poderia ter nascido, sem querer, num Portugal salazarista, na China, no Zimbabué ou em Angola - não menosprezando as virtudes que estes países também têm (as que já conhecemos, e provavelmente as que o poder, as manipulações mediáticas e a distância física podem aniquilar ou ofuscar) - e ser vítima dos excessos das guerras militares e de privilegiados umbiguistas, de uma ditadura, de delito de opinião, da fome, da cleptocracia ou de uma qualquer repressão maquiavélica, medieval, inumana.

sábado, 14 de março de 2009

MOUVA - Para animar o centro cívico da Palhaça

Não, não me resigno com o que parece ser a total indiferença – para não usar um termo mais forte – com que foi recebida a notícia da criação de um futuro Mercado destinado a dar um suplemento de alma ou, se quiserem, um renovado sopro anímico à cidadania na nossa terra. Apenas uma honrosa excepção, fora do circuito fechado dos principais animadores do blog (obrigado Rui, pelo eco, a sensibilidade e o afecto confiado com que reagiu à notícia), a destoar do marasmo reinante.

Confesso desde já: a excelente imagem gráfica do cartaz alusivo ao anunciado Mercado de Objectos Usados, Víveres e Artesanato, seduziu-me de imediato. A mancha e a cor são tão poderosamente estéticas que facilmente estimulam a sensualidade perceptiva. Digamos que o cartaz cumpre a sua função: ajuda a promover a venda de uma ideia luminosa, como é a de tentar animar a Praça de S. Pedro, a sala de visitas da Palhaça. Parabéns ao designer e aos promotores da feliz iniciativa. E parabéns à Junta de Freguesia, por a ter acolhido no regaço das suas preocupações. Saber dar lugar aos novos, ouvi-los e acolher os seus projectos, eis no que consiste a verdadeira capacidade de quem gere os destinos de uma autarquia.

Sempre me pareceu que garantidas as necessidades básicas de segurança, as infra-estruturas e um relativo bem-estar económico, a gestão política, sobretudo ao nível local, deve preocupar-se, não já com o betão, o arranjo de fontes e caminhos, mas sobretudo com a qualidade de vida, o lazer, a ecologia, a participação crescente dos cidadãos nas decisões políticas, a importância da troca das ideias e das relações interpessoais. São as chamadas prioridades “pós-materialistas”, justamente defendidas pelas gerações mais jovens, que também cultivam valores como a autonomia, o pluralismo, a tolerância, a legitimação de identidades culturais variadas, ou a flexibilidade nas diferentes orientações éticas.

Sem movimento não se gera a mudança, e o anunciado Mercado pode ser a força-motriz que a promove. Sem confiança na manifestação da vontade de participar dos munícipes, a gestão autárquica tende a atolar-se na mediocridade e a promover a ignorância arrogante em relação à complexidade crescente da gestão do tempo presente. Transferir algum do lazer que se vive na casa de cada um para a praça pública, enquadrá-lo nos jardins e espaços verdes que vamos tendo, eis uma medida que só pode honrar a Palhaça, dignificar os seus obreiros e privilegiar os potenciais destinatários. Ao acolher e promover medidas como esta, ao saber captar o dinamismo e a competência onde quer que eles se encontrem, qualquer Junta de Freguesia merece que se lhe dê nova oportunidade na gestão da coisa pública.

Regressemos ao Mercado, para deixar algumas preocupações. O êxito da iniciativa vai passar, antes de mais, pela capacidade demonstrada no recrutamento dos diversos expositores. Quanto mais e variados, tanto melhor. Só depois de assegurado um mínimo dessas presenças faz sentido pensar em atrair visitantes, da Palhaça ou fora dela. Ora parece-me que a marcação do Mercado para o último domingo de cada mês pode não ser o mais aconselhado. Porquê? Porque é precisamente nessas datas que também se realiza a Feira das Velharias, em Aveiro. Tratando-se de um evento já enraizado e que atrai mensalmente inúmeros visitantes, forçoso é concluir que nem visitantes nem expositores se desloquem nesses dias à Palhaça. Em Águeda, creio, há um certame idêntico. Conviria saber quando se realiza, para que também não venha a afectar o nosso. Desconheço como têm sido feitos os contactos para sensibilizar os expositores. Não seria útil abordá-los pessoalmente, nestes ou noutros certames idênticos que ocorram relativamente perto do nosso?

Como o tempo urge e Abril está à porta, há que pensar em libertar o cartaz da redoma do blog que o aprisiona. Trazê-lo para a rua, dá-lo a conhecer a quem não acede ao Palhaça Cívica, eis do que se trata. Difundir e alargar a mensagem, para que possa seduzir, persuadir, convencer. É o melhor tributo que podemos prestar ao seu criador. Como diz Moles, este cartaz é pura arte do nosso tempo: introduz-se entre nós e o real que nos cerca e assim altera a nossa percepção das coisas que nos rodeiam (1).

Que o MOUVA se mova, que possa gerar “movida” à nossa moda e ser dínamo para novas propostas culturais. É desses soporíferos para a alma que andamos carenciados. Que a melodia dum violino possa enfim soar no coreto...

(1) Abraham Moles, O Cartaz, Editora Perspectiva, S. Paulo, Brasil, 1987.


Injúrias parlamentares e duelos no campo da honra



Desavenças por motivos políticos, expressas em palavras consideradas ofensivas, dúvidas sobre a honorabilidade pessoal, eis os ingredientes da recente troca de mimos entre um deputado socialista e outro social-democrata. É só mais um rombo na credibilidade do Parlamento. O insulto na política perde-se na memória dos tempos. Mas o que verdadeiramente põe a democracia de rastos nem é o insulto inteligente; é a linguagem grosseira dos que se colocam em bicos de pés, procurando tapar, com a altura que não têm, a pequenez da estatura que sempre tiveram.

Tempos houve, já depois da implantação da República, em que as ofensas davam lugar a duelos travados no espaço público e não ainda no Parlamento. Apesar de um decreto de 1911 substituir os duelos pelos tribunais de honra, os adversários políticos continuavam a ser desafiados para se bater em duelo. Recusar o desforço pelas armas equivalia a ser considerado covarde, a não querer defender a própria dignidade, a sofrer a excomunhão dos amigos. Correspondia, naquele tempo, a uma desqualificação social pura e simples.

Quando, enfim, o Parlamento passou a ser o “campo da honra”, as coisas não se tornaram mais edificantes. Entre muitos outros, ficou célebre um episódio que mostra bem a personalidade forte de Homem Cristo, o celebrado panfletário de O Povo de Aveiro, a quem Guerra Junqueiro chamava “um brutamontes com ideias”. Corriam os anos vinte. Um discurso duro e impiedoso que proferiu na Câmara dos Deputados contra Leonardo Coimbra – a quem chamava “o Imbra”, por ter perdido o apêndice... – transformou a sessão numa grande algazarra. O grupo de Leonardo, que tinha abandonado a sala quando Homem Cristo discursava, reentra aos poucos no hemiciclo e lança ao orador apartes provocadores. Quando resolvem avançar para a agressão física, dispostos a correr com o orador a pontapés, tendo à frente, ameaçador, o Abade de Penude, Homem Cristo meteu a mão ao bolso, sacou de uma pistola e afrontou corajosamente os adversários:

- O primeiro que avançar, estoiro-lhe os miolos! O Abade deu um salto para trás e todos os outros se detiveram. O orador continuou a falar, a acusar, cada vez mais brutal, cada vez mais cáustico (1).

Em tempos bem mais recentes, ficou célebre o “Breve Manifesto Anti-Portas em Português Suave”, uma catilinária política de Carlos Candal, antigo deputado socialista pelo círculo de Aveiro e homem de língua afiada, que há poucos dias aconselhou o seu partido a responder com “uns chutos” (leia-se: exclusão da lista de deputados) às tropelias sem freio do poeta Manuel Alegre. No Manifesto, Portas é alcunhado de “democrata precário”. Referindo-se a ele e ao “excursionista” Pacheco Pereira, os intrusos lisboetas que no ano de 1995 concorriam às legislativas pelo círculo de Aveiro, terminava assim o Manifesto: “Na noite do próximo dia 1 de Outubro, espero poder pendurar no meu cinto de caça política as tais duas aves de arribação - espécies exóticas lisboetas pouco apreciadas na região cinegética de Aveiro: um garnisé-cantante e um pavão-de-monco-caído” (2).

Enfim, o verbo até pode delirar, ou o adjectivo derrapar. Os portugueses, aliás, esfregam as mãos de contentes por uma boa polémica. Triste é quando o espírito polémico ultrapassa as tiradas do mais fino recorte literário e descamba para certas insânias, como cenas de tiros ou cabeças rachadas. Ou, pior do que isso, para a ofensa ou o palavrão gratuito, como aconteceu agora no Parlamento, onde o deputado laranja José Eduardo Martins resvalou para a indignidade ao lançar um insulto soez ao deputado rosa Afonso Candal.

Enfim, sempre que em política os adversários desprezam o debate de ideias, o que sobressai é a atávica impreparação dos contendores. Ceder à tentação do rótulo excessivo, ou da insinuação malévola sobre valores morais ou costumes, nunca foi a melhor via para ganhar o crédito dos eleitores.

Senhores deputados: não deixem que o insulto empurre ainda mais o nosso desprestigiado Parlamento para as ruas da amargura. O que se vos exige é apenas isto: um pouco mais de cordura. Pode ser?...

(1) Barradas de Carvalho, "Homem Cristo, o dragão de Aveiro", in As Grandes Polémicas Portuguesas, Vitorino Nemésio (dir.), 2.º vol., Lisboa, Editorial Verbo, 1967, pp. 377-399.
(2) Litoral, n.º 1868, 15.09.1995.


quinta-feira, 12 de março de 2009

ONDA DE ASSALTOS


Nas últimas semanas tenho ouvido diversos relatos de assaltos e tentativa de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais na nossa freguesia.
Ao que me é dado a conhecer a Praça tem sido o alvo preferido dos meliantes e já contabilizei pelo menos 5 situações diferentes só no Centro da nossa Vila, no período atrás mencionado.
A situação para alguns tem sido alarmante e ao que consta já se ouviram numa madrugada qualquer desta semana tiros de armas de fogo.
Sei também, que ao final do dia de Sexta-Feira da semana passada diversos agentes da GNR se deslocaram à nossa Praça cercaram um suposto assaltante para tentar a sua detenção, o que infelizmente não veio a acontecer.
Com as coisas a levarem este rumo, não me espantará que muito em breve se formem Brigadas Populares e que estas se façam substituir à GNR.
Assusta-me é resultado que esta situação possa a vir gerar.
Que eles (assaltantes) mereciam umas bofetadas bem dadas, ai isso mereciam.
Fica aqui o registo.


Anónimo

[Divulgação] MOUVA - Mercado de Objectos Usados, Víveres & Artesanato



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É na Palhaça!

quarta-feira, 11 de março de 2009

A EUROPA AQUI TÃO PERTO...DENTRO DAS NOSSAS INSTITUIÇÕES

BOAS NOTÍCIAS

Há notícias, factos muito simples, que nos deixam satisfeitos pelo alcance que estas oportunidades e troca de experiências podem resultar. Sobretudo num meio pequeno e familiar como a Palhaça.

Ao abrigo do Projecto Leonardo Da Vinci, e em cooperação com a Universidade de Aveiro, o Centro Social da Palhaça tem, até ao final de Maio, um projecto com duas estagiárias da Faculdade de Pedagogia Social de Hamburgo, Alemanha.
Mais informações em http://www.csp-palhaca.pt/node/270

Segundo informações recolhidas no site do Centro Social ( um dos sites a visitar, dos mais actualizados da freguesia) e fruto deste projecto, o centro recebeu a visita de duas docentes da Faculdade de Pedagogia Social de Hamburgo. Mais informações em http://www.csp-palhaca.pt/node/283

Agrada-me mesmo muito saber que a Palhaça, nas suas pessoas a instituições se deixou envolver, ou até procurou, neste tipo de projectos. Na minha opinião são estes intercâmbios/experiências que fazem mais pela europa do que qualquer campanha para o parlamento europeu.

É na proximidade, na curiosidade pelo outro, na abertura e troca de conhecimentos destes projectos que podem crescer e proliferar as ideias de europa que um dia se sonhou.
Será que alguém já as convidou para jantar numa família? para um serão de troca de impressões onde se possa falar inglês e saber mais sobre o seu país, a terra onde vivem, de onde vêem, o seu ssitema de ensino......ora aí está uma bela ideia...
Catarina Pereira

Palhaça Cívica Informa

AGENDA
Dia 16 de Março – 9.00h
Rastreio Osteoporose – Centro de Saúde da Palhaça
Sobre a osteoporose aqui

Dia 19 de Março – 20.00h
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios – J. Freguesia da Palhaça
Saiba mais aqui

terça-feira, 10 de março de 2009

Alguém ouviu ontem o Medina Carreira?

Serviço Público do Palhaça Cívica: a entrevista de 25 minutos está aqui.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Ética da Compreensão (segundo Edgar Morin)

(bandeira do esperanto)

A ética da compreensão é a arte de viver que nos demanda, em primeiro lugar, compreender de modo desinteressado.

Demanda grande esforço, pois não pode esperar nenhuma reciprocidade: aquele que é ameaçado de morte por um fanático compreende por que o fanático quer matá-lo, sabendo que este jamais o compreenderá.

Compreender o fanático que é incapaz de nos compreender é compreender as raízes, as formas e as manifestações do fanatismo humano.

É compreender porque e como se odeia ou se despreza.

A ética da compreensão pede que se compreenda a incompreensão.

A ética da compreensão pede que se argumente, que se refute em vez de excomungar e anatematizar.

Encerrar na noção de traidor o que decorre da inteligibilidade mais ampla impede que se reconheça o erro, os desvios, as ideologias, as derivas.

A compreensão não desculpa nem acusa: pede que se evite a condenação peremptória, irremediável, como se nós mesmos nunca tivéssemos conhecido a fraqueza nem cometido erros.

Se soubermos compreender antes de condenar, estaremos no caminho da humanização das relações humanas.(.....)


MORIN, Edgar, 1921 -- Os sete saberes necessários à educação do futuro / Edgar Morin; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgar de Assis Carvalho. -- 5.ed. -- São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2002.

domingo, 8 de março de 2009

Perfeitamente de acordo...

Direito à honestidade

Se o desonesto conhecesse as vantagens de ser honesto,seria honesto ao menos por desonestidade.Sócrates (filósofo grego)

OS PORTUGUESES usufruem, felizmente, de um imenso rol de direitos. A leitura da Constituição é suficiente para termos essa certeza. Outros diplomas, das Cartas europeia e universal à lei avulsa, garantem esses mesmos direitos, alargando-os, desenvolvendo-os e dando-lhes tradução prática. Nem todos esses direitos são realmente garantidos e direitos há, os direitos sociais especialmente, cuja eficácia real é duvidosa (direito ao emprego, direito ao alojamento digno, direito à cultura, etc.), mas que encontram, no Estado, obrigações derivadas (subsídios de desemprego e social de inserção, etc.). Entre outras lacunas, um direito faz falta aos cidadãos: o direito à honestidade dos seus dirigentes políticos, económicos e empresariais.

A HONESTIDADE é um valor em decadência há muito tempo. Não que tenha sofrido, como muitos pensam, da avalanche moderna que se traduz na frase feita: “Hoje, já não há valores”! Aconteceu simplesmente que outros valores mais altos se levantaram. Há muitas pessoas que, com saudades de um qualquer tempo que recordam com doçura, acreditam com ansiedade nessa falsa verdade. Pensam que a “crise de valores” reside no desaparecimento dos ditos. Ora, tal não é verdade. Nos dicionários, por exemplo, os significados de “valor” que consistem em qualidades intrínsecas, em atributos como o bom, o belo, o verdadeiro e o digno e em crenças morais respeitadas, vêm muito depois de outros significados mais terrestres, como sejam os preços, as quantidades, os valores nominais e reais, etc. Na classificação dos valores, a moral, o belo, a verdade e a dignidade não estão à cabeça. (...) para continuar a leitura do artigo aqui.

«Retrato da Semana» - «Público» de 8 de Março de 2009 por António Barreto

sábado, 7 de março de 2009

Dois curtos textos anticlericais


São apenas dois recortes de imprensa. Quem os recortou não teve o cuidado de os datar, nem de anotar a que jornais pertenciam. Certo, é que fazem parte da tradição anticlerical portuguesa; quase certo é tratar-se de textos inseridos na imprensa da Bairrada durante os tempos conturbados da I República. Ambos devem ser lidos nesse contexto. Neles, a Igreja e os padres são os bombos da festa. O primeiro está assinado por um auto--intitulado ex-padre, de seu nome Manuel Pinto dos Santos, e procura retirar crédito à Confissão. O segundo é uma pequena história de conteúdo humorístico, entre muitas outras que enxameavam a imprensa da época com o intuito de rebaixar figuras clericais. As mais conhecidas anedotas versavam a licenciosidade dos padres, que supostamente andariam metidos com uma mulher casada, cujo marido não estava habitualmente em casa. Não queiras potro/Nem mulher de outro era, à época, provérbio habitual de aviso aos padres para não desejarem aquilo que ainda não é, nem o que já não é (1).

Aqui se dão à estampa os dois curtos documentos, sem mais comentários.

I - A Confissão

“A confissão foi instituída no ano de 1215, no auge da perseguição; porque não se instituiu antes? Nunca antes daquela data se julgou precisa a confissão; porém, desde que se atravessava uma época inquisitorial, necessário era buscar um elemento poderoso de subjugação e disciplina.

Vendo Roma que o tribunal da penitência lhe dava bons resultados, decretou a confissão obrigatória a todos os fiéis, sob pena de não salvarem as suas almas. Parece que antes de existir a confissão nenhuma alma se salvou! A confissão é anti-liberal; a adoração a Deus não é. O confessionário é uma escola de imoralidade.

Eu, como já fui padre, já confessei e já disse missa, posso dizer o que de verdadeiro há sobre tal assunto. Não se avaliam facilmente os efeitos perigosos do confessionário, quantos fanatismos promove, quantas discórdias levanta entre as famílias, as suspeitas que gera no coração de duas almas, enfim, uma série de corrupções que tornam cada vez pior o nosso meio social, que tantas podridões já contém.

Para se avaliar dos efeitos do que preceitua a igreja católica, basta dizer-se que o maior patife, o mais terrível dos algozes, desde que se confesse e se finja arrependido, obtém um atestado de bom comportamento; mas se o homem mais digno, caritativo e esmoler se não confessar, é escusado pensar em obter semelhante atestado”.

II – “Ridendo...

“Corre por ai, como verídico, o seguinte: certo prior duma freguesia não muito distante, tido e havido como conquistador afamado, fora, um dia, não sabemos com que propósito, a casa dum seu paroquiano. Este, porém, não estava, mas sua mulher, com a franqueza que caracteriza a gente do campo, ofereceu ao visitante uma caneca de vinho na adega. O sr. padre aceitando, dirigiu entretanto umas palavras menos reverentes à esposa de Pedro – assim se chamava o paroquiano do sr. prior – a qual, indignada, contou ao marido a audaciosa tentativa do D. Juan. Todavia, Pedro continuou, embora aparentemente, de boas relações com o clérigo, até que um dia reuniu em sua casa vários amigos, para uma côdea, tendo comparecido também o sr. prior.

No final da refeição Pedro ofereceu-lhes vinho branco, tendo previamente ordenado que uma garrafa contivesse urina – garrafa cautelosamente dada à mão do sr. prior que, ao provar o néctar, bradou estupefacto:

- Pedro, isto é vinho?!... Tão salgado!!!...

- É, sim, sr. prior, e tirado da pipa que o sr. queria furar...

Ridendo castigat mores.”

(1) Paulo Correia de Melo, Anedotas e outras Expressões de Anticlericalismo na Etnografia Portuguesa, Lisboa, Roma Editora, 2005, p. 198.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Penso eu de que

De uma forma muito, mas mesmo muito, empírica, direi que as famílias mais numerosas da Palhaça são: Samagaio, Braga, Silva, Lourenço e Carvalho.

segunda-feira, 2 de março de 2009

No Line On The Horizon

Os U2 escolheram para capa do novo disco No Line On The Horizon, uma fotografia minimalista de Hiroshi Sugimoto. A fotografia mostra-nos uma linha no horizonte. Está assinalada, sublinhada e limitada. É perceptível. No entanto pode estar só na imaginação de cada um. É talvez isso que nos queiram transmitir: a provocação pela contradição.

domingo, 1 de março de 2009

Courbet e A Origem do Mundo: censura, erotismo, pornografia

Espreitar maniacamente os outros sempre foi uma tentação dos moralistas mais tacanhos, para os quais qualquer alusão à sexualidade é “pornografia”. E a hipocrisia também não costuma andar arredada de tais gestos, como nos mostra Jorge de Sena na descrição desta breve mas deliciosa história: um cavalheiro, pai de família, que tinha várias filhas e vivia numa cidade de província, foi um dia queixar-se à Câmara contra a construção de um urinol no extremo oposto da praça pública onde estava a sua casa. O presidente da Câmara observou-lhe que era absurda a queixa, dado que, sendo a praça muito grande, a casa dele estava muito longe do urinol. Ao que ele respondeu dignamente: - Mas é que as minhas filhas usam o binóculo (1).

Vem isto a propósito da recente apreensão de alguns livros que reproduziam na capa o quadro A Origem do Mundo, de Courbet. Aconteceu na cidade de Braga, a “idolátrica” e “episcopal”, como lhe chamou um dia Luís Pacheco. A PSP encheu-se de brios, irrompeu feira do livro adentro e confiscou vários exemplares. A pintura é de 1866, o que prova que alguns mortos-vivos do século XIX ainda incomodam alguns vivos-mortos do século XXI, sempre dispostos a praticar atávicos actos censórios. Apetece dizer que não defendem “os bons costumes”, ou a “ordem pública” – como gostam de referir - mas o próprio passado que são.

Antes de avançar, convém referir o seguinte: a simples representação do nu na pintura, na fotografia, no desenho, ou noutras artes, como o teatro ou o cinema, tem sido ao longo do tempo objecto da maior controvérsia. Neste caso concreto, o quadro mostra-nos um close up, o grande plano realista de um sexo feminino. Isto, por si, levanta desde logo questões importantes: o estatuto de obra de arte retira-lhe, à partida, o eventual conteúdo pornográfico? Essa obra pode ser vista sem reservas? Onde acaba o erotismo e começa a pornografia? Na cabeça de quem produz a obra (seja ela uma pintura, um livro, ou um filme), ou na cabeça da pessoa que a lê ou vê? Ou quando o que se produz é anti-estético e rejeita o envolvimento da inteligência? Não assiste ao cidadão comum o direito de se sentir agredido por uma imagem como esta?

Parece-me que a cultura, a abordagem que cada um faz do que deve ser o objecto artístico e a própria sensibilidade individual são decisivas na abordagem desta matéria. Como decisiva é a noção de liberdade que lhe é inerente. Quem não se choca com imagens como esta, deve no entanto admitir que em democracia as pessoas podem reclamar valores diferentes, como forma de recusar a unificação das consciências. Trata-se de exercitar a tolerância, que para Voltaire significava podermos estar totalmente em desacordo com a opinião de outrem e, ao mesmo tempo, dispostos a combater pelo direito do outro a perfilhar essa opinião. Cumpre a uma sociedade verdadeiramente pluralista garantir que nenhum grupo infrinja as liberdades dos outros.

Como refere Miguel Sousa Tavares no Expresso desta semana, a liberdade não consiste em fazer tudo o que se quer. Pois não, acrescento eu. Mas uma coisa é estarmos dispostos a respeitar a opinião dos outros; outra, bem diferente, é alguém, em nome desses outros, suprimir ou censurar aquilo a que também nos achamos com direito de fruir esteticamente. Ora o quadro até está exposto em Paris, no museu d’Orsay. Aquilo que lá se afigura como normal e pode ser visto por toda a gente, é por cá entendido como sendo pornografia mais grosseira.

Sejamos claros: muito do que aqui está em causa passa pelo uso dos tais binóculos a que recorriam as meninas de que falava Jorge de Sena. Abro a televisão e deparo com um filme que me choca? É tão fácil mudar de canal... Passeio na feira do livro e deparo com a capa de um livro que me perturba? Viro a cara e passo à frente... Fará sentido que qualquer coisa que me escandaliza tenha de ser imediatamente suprimida, sem levar em conta a opinião dos outros? Quantos pais dos que se queixaram à PSP não farão também uso dos binóculos? Quantos deles se preocupam, verdadeiramente, com o que por aí circula na Internet ou até pendurado em alguns quiosques de jornais e revistas? Se calhar, em vez de falarmos de “bons costumes” dominantes, devemos antes falar de hipocrisia dominante. Que nome dar ao que se passa em certos Estados americanos, onde é crime que marido e esposa pratiquem, na intimidade conjugal, actos sexuais que se afastem da posição aprovada por teólogos e moralistas para fins reprodutivos?...

Sempre que no passado se agitou o papão da pornografia, isso correspondeu a inconfessados desejos de restrição das liberdades e abuso das regras normais de policiamento de uma sociedade. Já lá vai o tempo - embora ainda haja quem se lembre – em que, no Portugal de Salazar, um simples beijo mais apaixonado num filme era suficiente para que a censura dissesse: “corta!”. Livro que ousasse incluir nus de pintores famosos (Rembrandt, Velásquez, Goya ou Picasso) era coisa que os censores não perdoavam, considerando essas obras-primas um produto de mentes ordinárias. Em 1966, ano em que foi publicada a Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, escritores e poetas da estirpe de Natália Correia, Ary dos Santos, Mário Cesariny de Vasconcelos e Herberto Hélder, para só citar alguns dos mais conceituados, foram acusados de pornografia, obscenidade e atentado à moral pública e obrigados a prestar contas à Justiça. É a esse tempo que se quer regressar?

Aos que gostam de subtrair aos outros o prazer que a si incomoda, apetece dizer que não metam o nariz na vida alheia, que deixem em paz os que não pensam como eles, e que a grande virtude não consiste em suprimir as tentações, mas em saber resistir-lhes...

(1) Jorge de Sena, Dialécticas Teóricas da Literatura, Lisboa, Edições 70, p. 284.

Serviço Nacional de Saúde - 30 Anos Depois


Trinta anos passados sobre a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segue, abaixo, um resumo dos objectivos desta histórica conquista pós-Abril e alguns desafios.



«Foi, no entanto, a partir de 1974 que a política de saúde em Portugal sofreu modificações radicais, tendo surgido condições políticas e sociais que permitiram, em 1979, a criação do SNS, através do qual o Estado assegura o direito à saúde (promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos.



De referenciar que, em 1976, o “despacho Arnault” abriu acesso aos postos de Previdência Social (mais tarde Segurança Social) a todos os cidadãos independentemente da sua capacidade contributiva.


O SNS envolve todos os cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação médica e social. Tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva. Goza de autonomia administrativa e financeira, estrutura-se numa organização descentralizada e desconcentrada, compreendendo órgãos de âmbito central, regional e local, e dispõe de serviços prestadores de cuidados de saúde primários e serviços prestadores de cuidados de saúde diferenciados. É apoiado por actividades de ensino que visam a formação e aperfeiçoamento dos profissionais de saúde» ( + info ) .



D1: Desafia-se os cidadãos leitores do «Palhaça Cívica», utentes do SNS, que auscultem e avaliem (alistando virtudes, ganhos e debilidades e erros), genericamente, o trajecto do serviço público nacional de Saúde ou apenas seu o actual estado, tomando como ponto de partida as suas experiências, as de pessoas próximas, bem como as decisões políticas e populares levadas a cabo desde a sua génese.

D2: Sugere-se, por fim, que a nível local, se discuta o actual estado clínico da Extensão de Saúde da Palhaça (CS Oliveira do Bairro), partindo de diagnósticos, observações pessoais, críticas contrutivas, que possam ter eco junto da CM de Oliveira do Bairro, da JF da Palhaça ou da Região de Saúde do Centro. [Exemplos de temas a abordar: Condições e localização das actuais infraestruturas, qualidade e quantidade de profissionais de saúde, qualidade e quantidade de serviços prestados, alternativas privadas, informação e formação à população].
D3: A haver defensores de uma privatização integral da Saúde em Portugal, será bem-vindo um argumentário.