Passados mais de 75 anos as crianças da Palhaça vão ter um parque escolar com toda a qualidade que merecem. Este é o melhor investimento que podemos fazer nas próximas gerações de Palhacenses. É uma obra de grande importância para o futuro da Palhaça. Um processo exemplar em torno do qual se uniram vontades e se concentraram recursos. Da autarquia à administração central, dos pais aos professores, passando pelos alunos e auxiliares educativos, todos têm uma quota parte de mérito no trabalho realizado. São todos merecedores deste investimento.Daqui a 14 meses – se tudo correr bem – o velho edifício das Escolas Primárias vai ficar “desactivado”. Espero, sinceramente, que seja dado o melhor destino ao uso do edifício. A memória colectiva de várias gerações de Palhacenses (mais de 75 anos) deve ser preservada. Aquele edifício tem história. Daquelas salas sairam ilustres Palhacenses que fizeram ou fazem história por onde passam. Que nenhuma sede de Associação apague a história daquelas paredes, quadros, escadas, mesas, armários, mapas, etc.. Gostava mesmo que isso não acontecesse. Temos tempo para tomar boas decisões.
6 comentários:
Imagino para aquele espaço um lugar de criação.
Um lugar onde novos e velhos possam realizar trocas de saberes. Onde se aprenda a declamar poesia ou realizar pequenas performances de teatro. Onde se possa ler um bom livro e trocar impressões. Onde se possa tomar um café com um amigo e lembrar tempos idos. Onde uma esplanada possa ser um encontro de Palhacenses.
No fundo seria o centro cívico da Palhaça. Qualquer coisa como o "Lugar dos Saberes", "Escola dos Saberes", " Escola com arte", "Espaço dos aprendizes" etc.
Gostava também de ver preservados os quadros, os armários, ou os mapas... é possível misturar estas coisas com uma sala de reuniões, um pequeno palco, etc.
Os meus olhos brilham quando penso no que pode vir a ser a minha velha escola. Gostava mesmo que não fosse entregue a nenhuma associação e fosse o espaço de todos os Palhacenses.
Alguém compreende este meu amor àquela velha escola?
Claro que compreendo...e já estou a saborear a ideia. Tal como tu anseio por um espaço assim, a recordar espaços de criação dos jardins da Gulbenkian em Lisboa, o horizonte das vistas do CCB, a grandeza na simplicidade de um atelier no meio de uma serra, a cultura á sua medida que uns guardam numa Mole em Turim....quem viaja, passeia e gosta de experimentar locais onde conhece pessoas que fazem coisas simples mas sérias pela cultura sabe que este sonho tem todos os condimentos ara acontecer. Não deixemos a criatividade nas gavetas, na mesquinhez de ver quem faz mais ou sabe mais, nas lutas de comadres que hoje, no século XXI não fazem qualquer sentido quando as freguesias se querem afirmar. Os saberes e a experiência de velhos e novos precisam de encontrar uma plataforma de encontro, precisamos de espaços que sejam casas de acolhimento de ideias, artes e artistas....locais onde quem ama a vida e a criação se sinta confortável.
adorei a ideia Pedro. Não podia ser melhor, a nossa escola transformada numa biblioteca, com direito a paragem para encontrar os amigos e tomar um café e um suminho de laranja! quem sabe para umas conversas de 6ª feira à noite com gente que tem histórias para contar!
gostei imenso da ideia de fazerem na escola uma biblioteca onde novos e não tão novos possam passar uns momentos de relaxamento,pois tambem fiz a minha primaria nessa escola de onde tenho recordações maravilhosas de criança tais como por exemplo de uma que me lembro neste momento o dia em que faziamos fila para recebermos ameixas de ananas que eram das arvores que a escola tinha no patio que momentos maravilhosos,inesquecíveis,por favor não tratem mal a nossa ecola,foram muitos os que por lá passaram e que gostariam de a ver com um trato digno e merecido ,deixo aqui um apelo a quem seja o responsavel para dar seguimento ao futuro da nossa maravilhosa escola obrigada.
Maria do Céu Santos,
Se o espaço da frente da escola, onde dei as minhas primeiras corridas e apanhei o gosto pelo desporto, foi alterado sem contar com opinião dos Palhacenses - sem muros, árvores e saibro, neste caso em concreto pode contar com o meu empenho para a valorização daquele espaço.
O Carlos Braga já escreveu um brilhante texto sobre a memória dos espaços na Palhaça. Vale a pena recordar o que foi escrito http://palhacacivica.blogspot.com/2009/01/do-largo-da-rotunda-da-memria.html
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