quinta-feira, 12 de março de 2009

ONDA DE ASSALTOS


Nas últimas semanas tenho ouvido diversos relatos de assaltos e tentativa de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais na nossa freguesia.
Ao que me é dado a conhecer a Praça tem sido o alvo preferido dos meliantes e já contabilizei pelo menos 5 situações diferentes só no Centro da nossa Vila, no período atrás mencionado.
A situação para alguns tem sido alarmante e ao que consta já se ouviram numa madrugada qualquer desta semana tiros de armas de fogo.
Sei também, que ao final do dia de Sexta-Feira da semana passada diversos agentes da GNR se deslocaram à nossa Praça cercaram um suposto assaltante para tentar a sua detenção, o que infelizmente não veio a acontecer.
Com as coisas a levarem este rumo, não me espantará que muito em breve se formem Brigadas Populares e que estas se façam substituir à GNR.
Assusta-me é resultado que esta situação possa a vir gerar.
Que eles (assaltantes) mereciam umas bofetadas bem dadas, ai isso mereciam.
Fica aqui o registo.


Anónimo

3 comentários:

TPC disse...

«Que eles (assaltantes) mereciam umas bofetadas bem dadas, ai isso mereciam».

Uma pergunta: Que resultados práticos teria esta resposta, a via da violência gratuita, aos assaltos?

TPC disse...

Esqueci-me de assinar: Tiago P. Carvalho

Carlos Braga disse...

A insegurança está ao virar da esquina. O medo é frio, cresce e alastra. Quando a função primordial do Estado - que consiste em proteger a segurança dos cidadãos e garantir a paz civil - falha, nasce a vontade de "justiça popular" como forma alternativa de punição ao vandalismo dos assaltos.
Das simples bofetadas aos tiros de caçadeira vai um passo muito curto. Aí surgem as "milícias", que se arrogam o direito de manter a ordem pública. Assim se caminha alegremente para a demissão e a subversão do Estado de direito.
Quando o pânico se instala, muda a forma como se deve encarar a punição. O impulso de punir prevalece sobre o de reabilitar.
Somos todos boas pessoas, só que de repente há qualquer coisa que não bate certo: sem sequer darmos por isso, apelamos à punição física como forma de combater o mal que os outros praticam. Esquecemo-nos que para ser boa pessoa não basta ao ser humano praticar o bem: este deve ser completado pelo mal que esse ser humano não faz.