segunda-feira, 30 de março de 2009

Em Portugal, a corrupção compensa?

Domingos Névoa preside à "Braval" com Pedro Machado a director-geral

A Assembleia-Geral da empresa intermunicipal "Braval" aprovou ontem por unanimidade a contratação de Pedro Machado para director-geral desta sociedade, composta pela AGERE (em representação da Câmara de Braga, que detém mais de dois terços do capital social) e pelos municípios de Póvoa de Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro, Vieira do Minho.

O Conselho de Administração desta empresa pública será, contudo, presidido pelo empresário Domingos Névoa (accionista da AGERE), pela ex-vereadora PS da Póvoa, Rita Araújo (indicada por Braga), e pelo social-democrata Luís Amado Costa (indicado pela Câmara povoense, liderada por Manuel Baptista).


Texto, José Carlos Lima
Publicado a 28-03-2009 no «Diário do Minho»

3 comentários:

Pedro Carvalho disse...

Este caso mostra o estado de saúde democracia do nosso País. Infelizmente, e também não percebo, só o BE é que está a falar deste caso. Espero que outros partidos se juntem à indignação do BE. É muito grave o que se está a passar.

TPC disse...

O próprio socialista João Cravinho (responsável por um pacote de combate à corrupção, que, mal ou bem, pôs o dedo na ferida, mas que resultou em pouco ou nada, em termos legislativos) disse algo semelhante ao que escreveste. E acrescentou que, com a actual legislação, será difícil fazer prova e detectar-se este complexo crime (que é um conjunto de crimes, no fundo). O caso de corrupção detectado é seguido de um «prémio» numa empresa pública...

Com o silêncio «oficial» de 4/6 partidos com assento parlamentar, e com uma sociedade civil que critica, mas que parece acabar por se conformar (enquanto é bastante mais severa com o «pequeno crime»), ficamos realmente mais coxos democraticamente e alguns de nós cada vez mais desconfiados, quando precisamos de «esperança» e «confiança».

Aguardemos novos desenvolvimentos...


TPC

TPC disse...

correcção: 5/6 partidos com assento parlamentar.