Plataforma de informação e discussão democrática acerca de questões sociais, culturais e políticas, respeitantes aos palhacenses & CA ( aos níveis local, regional, nacional e internacional, numa era repleta de desafios). Proposta: uma sociedade civil mais desperta para os seus direitos e deveres; uma vila mais solidária e dinâmica.
Mail: palhacacivica@gmail.com (pedir senha para aceder)
terça-feira, 10 de março de 2009
Alguém ouviu ontem o Medina Carreira?
Serviço Público do Palhaça Cívica: a entrevista de 25 minutos está aqui.
Eu vi e o assunto é sério. Não vale a pena fazer de conta que estamos bem. Muitos políticos apelidam o Dr. Medina Carreira de pessimista. Eu digo que ele é realista. Infelizmente, aparece poucas vezes na TV. O País precisa de ouvir mais Medina (s) Carreiras (s) para ver se vai ao sítio. Ele tem uma forma muito própria de transmitir as mensagens mas o que diz é demasiado sério.
Bom dia, também aqui no departamento o assuntio Medina Carreira foi tema do arranque de trabalho matinal, na sua habitual passagem pela actualidade. Vou tentar ver...sim mas pessimista, de todo. Digamos que frontal.
Eu cá continuo com a minha.......... O Homem é realista e frontal. O que acontece é que o discurso é sempre o mesmo desde o tempo da outra Senhora.....e soluções apontadas por ele...não vejo nenhuma. Sérgio Pelicano
Pelicano, Eu até acho que ele apontou algumas soluções para a encruzilhada que o País está.
Também não deixas de ter alguma razão quando dizes que o discurso é sempre o mesmo. Eu também digo que o discurso é sempre o mesmo mas o País também não deixou de ser o mesmo. Parece que não aprendemos nada nos últimos anos.
Medina Carreira tem sido particularmente lúcido e objectivo nas suas aparições televisivas. Diz as coisas com meridiana clareza e os seus pontos de vista são quase inatacáveis. Mas concordo com o Sérgio Pelicano, quando diz que não apresenta soluções. Sempre foi muito cómodo falar "de cátedra". O exemplo mais flagrante é o do verrinoso comentador político Vasco Pulido Valente. Na imprensa, sempre desancou em tudo e em todos. Quando um dia resolveu ser deputado, o resultado foi deplorável, uma nulidade absoluta. Seria muito curioso ver jornalistas como José Manuel Fernandes ou Miguel Sousa Tavares a desempenhar funções ministeriais... Convém não nos iludirmos: Medina Carreira foi ministro das Finanças já depois do 25 de Abril e não consta que tenha sido o melhor, ou dos melhores ministros que Portugal já teve. Fala-se em Cavaco, em Miguel Cadilhe, e não nele. Porque será? Ah, estas falazes aparências... No mesmo dia em que deu a entrevista à SIC, onde até chegou a dizer que Portugal não existia, que não tínhamos regras nem método, que não éramos pontuais (não vale a pena trocar a nuvem por Juno, temos de tudo, como os outros países), no Prós e Contras do Canal 1 um cidadão espanhol confessava abertamente que a situação no país vizinho era bem pior que a nossa. E todos sabem que a crise é global. Não, não se trata de branquear, com esta afirmação, a governação socialista. Trata-se apenas de reconhecer que países com mais método e rigor do que nós passam hoje pelas mesmas ou ainda por mais fundas dificuldades. Quando vejo gente a suspirar ter Medina Carreira como primeiro-ministro, percebo melhor como funciona a psicologia de massas em tempo de crise. Sempre o sebastianismo a toldar-nos a memória e a inteligência. Portugal não vai lá com homens providenciais. Medina Carreira evocou Pimenta de Castro e Sidónio Pais. O primeiro tentou em 1915 soluções governativas extraparlamentares e acabou cilindrado pelos republicanos; o segundo acabou varado de balas na estação do Rossio, em 1917. É certo que nos anos 20 apareceu Salazar. Mas com todas as virtudes que lhe apontam, o pequeno fascismo santacombadense nunca foi capaz de nos retirar, com a "estabilidade" que sempre conferem 48 anos consecutivos, da cauda da Europa.
Sinceramente não me incomoda se nas últimas cinco ou seis aparições o Dr. Medina Carreira traçou um cenário apocalíptico e não apresentou soluções. Incomoda-me mais dizerem que estamos bem e de facto percebemos que não estamos. Considero que o problema do nosso país é estrutural e dura há anos. É um problema mal resolvido por todos os governos pós 25 de Abril. Mas Portugal em que estado é que está? Abunda na riqueza? Somos um País evoluído em questões sociais? Crescemos mais que os outros Países da Europa? Próspero? Feliz? Eu acho que não.
Uma última nota, sou feliz, vivo bem, gosto do meu trabalho mas no que respeita ao meu país sou um incomodado desde a nascença. Quero sempre mais.
Pedro. Ninguém disse que o Medina Carreira disse qualquer mentira....Não apresenta nem apresentou é soluções.....excepto a sua recomendação para não votarem. Aproveito para convidar o Palhaça Cívica a dar uma vista de olhos no Blog do Vasco Campilho e e exactamente no post e respectivos comentários relativos a este assunto. http://vascocampilho.net/politica/com-a-verdade-me-enganas/#comments Sérgio Pelicano
Parece-me que cada um de nós, enquanto comentadores - atentos, satisfeitos ou não com o país e com quem nos governa da forma como o faz - deve fazer com alguma regularidade esta pergunta: QUE POSSO EU FAZER PELO MEU PAÍS? e para mudar o que não me parece tão bem feito por outros? e quem diz país, diz freguesia, municipio...diocese, associação, movimento, etç, etç....há muitas maneiras de ser cidadão eleitor participante ou simples agente de mudança. É certo que todos temos talentos para papéis diferentes, mas também creio que todos eles são úteis e válidos quando se pretende melhorar. O que é que cada um de nós faz?
"Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas o que podes fazer pelo teu país" JFK
Nós aqui no blog já começámos...a meter mãos à obra e vamos precisar que outras mãos se juntem á roda. Em mês de celebração da liberdade, sonhamos uma praça de gente madura.
Novidades muito em breve aqui no blog...
1ª) missão: reunir pessoas, animar uma praça e ajudar a dinamizar com pequenas intervenções artísticas uma freguesia, a nossa!
9 comentários:
Eu vi e o assunto é sério. Não vale a pena fazer de conta que estamos bem. Muitos políticos apelidam o Dr. Medina Carreira de pessimista. Eu digo que ele é realista. Infelizmente, aparece poucas vezes na TV. O País precisa de ouvir mais Medina (s) Carreiras (s) para ver se vai ao sítio. Ele tem uma forma muito própria de transmitir as mensagens mas o que diz é demasiado sério.
Bom dia,
também aqui no departamento o assuntio Medina Carreira foi tema do arranque de trabalho matinal, na sua habitual passagem pela actualidade.
Vou tentar ver...sim mas pessimista, de todo. Digamos que frontal.
Eu cá continuo com a minha..........
O Homem é realista e frontal. O que acontece é que o discurso é sempre o mesmo desde o tempo da outra Senhora.....e soluções apontadas por ele...não vejo nenhuma.
Sérgio Pelicano
Pelicano,
Eu até acho que ele apontou algumas soluções para a encruzilhada que o País está.
Também não deixas de ter alguma razão quando dizes que o discurso é sempre o mesmo. Eu também digo que o discurso é sempre o mesmo mas o País também não deixou de ser o mesmo. Parece que não aprendemos nada nos últimos anos.
Medina Carreira tem sido particularmente lúcido e objectivo nas suas aparições televisivas. Diz as coisas com meridiana clareza e os seus pontos de vista são quase inatacáveis. Mas concordo com o Sérgio Pelicano, quando diz que não apresenta soluções. Sempre foi muito cómodo falar "de cátedra". O exemplo mais flagrante é o do verrinoso comentador político Vasco Pulido Valente. Na imprensa, sempre desancou em tudo e em todos. Quando um dia resolveu ser deputado, o resultado foi deplorável, uma nulidade absoluta. Seria muito curioso ver jornalistas como José Manuel Fernandes ou Miguel Sousa Tavares a desempenhar funções ministeriais...
Convém não nos iludirmos: Medina Carreira foi ministro das Finanças já depois do 25 de Abril e não consta que tenha sido o melhor, ou dos melhores ministros que Portugal já teve. Fala-se em Cavaco, em Miguel Cadilhe, e não nele. Porque será? Ah, estas falazes aparências...
No mesmo dia em que deu a entrevista à SIC, onde até chegou a dizer que Portugal não existia, que não tínhamos regras nem método, que não éramos pontuais (não vale a pena trocar a nuvem por Juno, temos de tudo, como os outros países), no Prós e Contras do Canal 1 um cidadão espanhol confessava abertamente que a situação no país vizinho era bem pior que a nossa. E todos sabem que a crise é global. Não, não se trata de branquear, com esta afirmação, a governação socialista. Trata-se apenas de reconhecer que países com mais método e rigor do que nós passam hoje pelas mesmas ou ainda por mais fundas dificuldades.
Quando vejo gente a suspirar ter Medina Carreira como primeiro-ministro, percebo melhor como funciona a psicologia de massas em tempo de crise. Sempre o sebastianismo a toldar-nos a memória e a inteligência. Portugal não vai lá com homens providenciais. Medina Carreira evocou Pimenta de Castro e Sidónio Pais. O primeiro tentou em 1915 soluções governativas extraparlamentares e acabou cilindrado pelos republicanos; o segundo acabou varado de balas na estação do Rossio, em 1917. É certo que nos anos 20 apareceu Salazar. Mas com todas as virtudes que lhe apontam, o pequeno fascismo santacombadense nunca foi capaz de nos retirar, com a "estabilidade" que sempre conferem 48 anos consecutivos, da cauda da Europa.
Vamos lá ver,
Sinceramente não me incomoda se nas últimas cinco ou seis aparições o Dr. Medina Carreira traçou um cenário apocalíptico e não apresentou soluções. Incomoda-me mais dizerem que estamos bem e de facto percebemos que não estamos.
Considero que o problema do nosso país é estrutural e dura há anos. É um problema mal resolvido por todos os governos pós 25 de Abril.
Mas Portugal em que estado é que está? Abunda na riqueza? Somos um País evoluído em questões sociais? Crescemos mais que os outros Países da Europa? Próspero? Feliz? Eu acho que não.
Uma última nota, sou feliz, vivo bem, gosto do meu trabalho mas no que respeita ao meu país sou um incomodado desde a nascença. Quero sempre mais.
Pedro.
Ninguém disse que o Medina Carreira disse qualquer mentira....Não apresenta nem apresentou é soluções.....excepto a sua recomendação para não votarem.
Aproveito para convidar o Palhaça Cívica a dar uma vista de olhos no Blog do Vasco Campilho e e exactamente no post e respectivos comentários relativos a este assunto.
http://vascocampilho.net/politica/com-a-verdade-me-enganas/#comments
Sérgio Pelicano
Parece-me que cada um de nós, enquanto comentadores - atentos, satisfeitos ou não com o país e com quem nos governa da forma como o faz - deve fazer com alguma regularidade esta pergunta:
QUE POSSO EU FAZER PELO MEU PAÍS? e para mudar o que não me parece tão bem feito por outros? e quem diz país, diz freguesia, municipio...diocese, associação, movimento, etç, etç....há muitas maneiras de ser cidadão eleitor participante ou simples agente de mudança. É certo que todos temos talentos para papéis diferentes, mas também creio que todos eles são úteis e válidos quando se pretende melhorar. O que é que cada um de nós faz?
"Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas o que podes fazer pelo teu país" JFK
Nós aqui no blog já começámos...a meter mãos à obra e vamos precisar que outras mãos se juntem á roda. Em mês de celebração da liberdade, sonhamos uma praça de gente madura.
Novidades muito em breve aqui no blog...
1ª) missão: reunir pessoas, animar uma praça e ajudar a dinamizar com pequenas intervenções artísticas uma freguesia, a nossa!
Enviar um comentário