quinta-feira, 2 de abril de 2009

Foi há 10 Anos


O Boletim de Divulgação, Informação e Reflexão da Palhaça - O Coreto - fez ontem 10 anos. A primeira página do n.0 saiu em Abril de 1999. O texto de apresentação da 1ª pagina dizia o seguinte:

"O tempo avança e com ele avança o sonho do Homem de ser maior, construir, crescer. A Palhaça não é excepção, terra que remonta à época da romanização, cresceu imparável ao longo dos anos. O seu desenvolvimento é fruto do investimento e da dedicação dos que nela vivem. Dos que acreditam que a nossa terra pode ser melhor, ainda maior. Quem escreve que a “Palhaça é terra de progresso” talvez esteja a escrever as palavras certas em linhas direitas, os homens que aqui vivem já demonstraram que “quando um homem sonha, a obra nasce!". Basta olhar os exemplos. O futuro da terra que habitamos é o espelho da vida que vivemos.
O Coreto – Um informativo ao seu dispor numa era de comunicação."


A título de curiosidade a 1ª ficha técnica:
Propriedade: Junta de Freguesia da Palhaça; Responsável: Catarina Pereira; Equipa de Trabalho: Catarina Pereira, Carla Freitas, Gustavo Ferreira, Johny Freire, Pedro Carvalho; Colaboradores: ADREP, Agrupamento 970, J. Freguesia da Palhaça, PAJOV, Museu S. Pedro da Palhaça, Rancho Folclórico; Agradecimentos: Padre Manuel Oliveira, Dr. Fernando Neves; Composição Gráfica: Pedro Carvalho; Fotografia: Catarina Pereira, Gustavo Ferreira; Tiragem: 1000 Exemplares; Impressão: TIPAVE –Aveiro.

2 comentários:

TPC disse...

Irónico: A nostagia está a assolar o meu dia, mesmo quando leio «progresso» e anseio, diariamente, por progresso (sem poder negar algum passado, como este).

Quanto a «O Coreto», lembro-me de ter sido uma lufada de ar fresco no meio editorial local (não havia mais do que um «JB» refém de uma visão tendenciosa, não laica, bafienta, «faca-e-alguidarista» e «galista» da região, do país e do mundo), que, mesmo que por pouco tempo, veio colmatar uma falha grave, numa altura em que a Internet ainda não era democrática, muito menos na Palhaça.

A vaga ideia que tenho d «O Coreto» é que, apesar do amadorismo do design (os meios eram muito mais limitados à altura), havia trabalho de campo, mobilização, além de informação pura e dura (recordo-mo da capa a dar conta de umas eleições e de algumas entrevistas).

Pela leitura, apercebia-me de que a agenda era definida pelo grupo envolvido - amador, no bom sentido do termo também («aquele que ama») e não por «agências noticiosas» (por a escala ser menor é que era permitido começar do zero, experimentar, ousar, não ficar na secretária à espera de mastigar o já mastigado). Estarei enganado?

Leio esse texto e penso que continua a fazer sentido trabalhar, na Palhaça, no sentido progressista, da construção, quer a nível informativo, quer a nível formativo. Como dizia o Carlos Braga, falta investir na cultura e na informação e actividade cívica (a aposta no desporto é uma - boa - excepção na Palhaça).


Ficam algumas questões: em termos editoriais (via tradicional ou digital), poder-se-á fazer mais na Palhaça? Valerá a pena? Dever-se-á ser economicista, em tempos de crise? A Internet é-nos suficiente? O poder local tem que intervir? Há matéria para criar algo novo? Um número anual, semestral? Haverá público? Haverá gente interessada em criar uma publicação?

Andreia disse...

tive todo o orgulho em acompanhar a minha amiga nesta ideia! continuo disponível para este ou outro Coreto, amiga! a nossa terra faz-nos querer falar dela! e eu partilho esse sentimento contigo... guardo os meus exemplares com carinho! :)