Deputados portugueses exercem mais por carreira do que por vocação
13.05.2009 - 08h00 Maria Lopes
Homem, entre os 40 e os 50 anos, com qualificações superiores, preferencialmente na área do Direito, com estatuto económico-social privilegiado, filiado no partido há longos anos. Este é apenas um esboço do retrato elaborado por Conceição Pequito Teixeira, docente e investigadora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas, num novo estudo agora publicado.
Acrescente-se que espera ser reeleito, e para isso cumpre à risca disciplinas, como a de voto, que demonstram a sua lealdade ao partido. Se não se encontra na Assembleia da República neste momento é porque está no Governo, noutro cargo político ou porque aguarda ser incluído nas listas das próximas legislativas.
A autora — que ontem lançou o livro “O Povo Semi-Soberano. Partidos e Recrutamento Parlamentar em Portugal” — tentou traçar o perfil dos candidatos e deputados ao Parlamento nacional desde os anos 70 até 2002, saber como os partidos escolhem as listas que levam às eleições. Como são os órgãos centrais e os líderes nacionais dos partidos — são hoje “autênticas 'empresas políticas’” —, que escolhem os candidatos, optam sempre por pessoas que já estão no partido, mais velhas, habitualmente juristas, funcionários públicos e professores, e com experiência prévia na actividade política.
in Público
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