Plataforma de informação e discussão democrática acerca de questões sociais, culturais e políticas, respeitantes aos palhacenses & CA ( aos níveis local, regional, nacional e internacional, numa era repleta de desafios). Proposta: uma sociedade civil mais desperta para os seus direitos e deveres; uma vila mais solidária e dinâmica.
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Na verdade, esteve mesmo. A imagem é muito curiosa. Remonta ao dia 7 de Abril de 1991, aquando da inauguração da sede da ADREP (primeira fase). O povo acorreu em massa e a Rua dos Emigrantes, que dá acesso à Associação, vestiu-se de gala para receber, pela primeira vez na sua história, um primeiro-ministro de Portugal. Estava atapetada de verdes, com renques de ramos de palmeira dos dois lados, e muitos vasos com plantas e flores. Cavaco usava aqueles fatos de riscas grossas que os publicitários hoje de todo desaconselham. Mas nem isso o impediu de conseguir duas maiorias absolutas consecutivas para governar. No que toca à indumentária, faça-se-lhe, porém, justiça: também foi com ele que muitos portugueses deixaram de usar peúgas brancas, substituindo-as pela cor preta, ou o cinza. Era o tempo do culto da personalidade do chefe e uma das formas da construção do mito consistia em dar uns "close-up" das meias e sapatos que usava e lhe ofereciam um pouco por todo o lado. A coisa era mesmo tema de conversa na televisão. Comparações à parte (honny soit qui mal y pense), ao "António das botas" - o pequeno ditador santacombadense - sucedia o Aníbal dos sapatos e das meias pretas. Resta acrescentar que Oliveira e Costa era então Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e vivia livre como um passarinho, embora já naquele encanto de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito... Enfim, era tempo de Páscoa e o certo é que Cavaco ofereceu à faminta ADREP um "doce folar" de trinta mil contitos...
2 comentários:
Roy Orbison ou Oliveira e Costa?
Na verdade, esteve mesmo. A imagem é muito curiosa. Remonta ao dia 7 de Abril de 1991, aquando da inauguração da sede da ADREP (primeira fase). O povo acorreu em massa e a Rua dos Emigrantes, que dá acesso à Associação, vestiu-se de gala para receber, pela primeira vez na sua história, um primeiro-ministro de Portugal. Estava atapetada de verdes, com renques de ramos de palmeira dos dois lados, e muitos vasos com plantas e flores.
Cavaco usava aqueles fatos de riscas grossas que os publicitários hoje de todo desaconselham. Mas nem isso o impediu de conseguir duas maiorias absolutas consecutivas para governar. No que toca à indumentária, faça-se-lhe, porém, justiça: também foi com ele que muitos portugueses deixaram de usar peúgas brancas, substituindo-as pela cor preta, ou o cinza. Era o tempo do culto da personalidade do chefe e uma das formas da construção do mito consistia em dar uns "close-up" das meias e sapatos que usava e lhe ofereciam um pouco por todo o lado. A coisa era mesmo tema de conversa na televisão. Comparações à parte (honny soit qui mal y pense), ao "António das botas" - o pequeno ditador santacombadense - sucedia o Aníbal dos sapatos e das meias pretas.
Resta acrescentar que Oliveira e Costa era então Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e vivia livre como um passarinho, embora já naquele encanto de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito...
Enfim, era tempo de Páscoa e o certo é que Cavaco ofereceu à faminta ADREP um "doce folar" de trinta mil contitos...
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