Foi inaugurado no dia 25 de Outubro de 2009 o novo Centro de Actividades Ocupacionais. Entre as diversas entidades que nos honraram com a sua presença contam-se Mário João Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, Eng.º Celestino de Almeida, Director do Centro de Segurança Social de Aveiro e, naturalmente, o Padre José Augusto Nunes, pároco da freguesia.
A Palhaça esteve em festa. O povo encheu-se de brios e acorreu em grande número, com natural regozijo. Nada do que engrandece a nossa terra nos é indiferente e não é todos os dias que se assiste à inauguração de um equipamento social tão importante para o concelho e para a vida das pessoas portadoras de incapacidade e suas famílias.
O Centro de Actividades Ocupacionais é uma resposta social desenvolvida em equipamento, que se destina a actividades para jovens e adultos de idade igual ou superior a 16 anos. Estamos a falar de pessoas que apresentam incapacidade grave, com dificuldades sérias em exercer, de forma temporária ou em permanência, uma actividade produtiva. Seres humanos que precisam de muito carinho e apoio específico e que por norma não estão abrangidos pelo regime de emprego protegido.
Os principais objectivos a atingir neste tipo de equipamento são: o encaminhamento destes jovens e adultos, sempre que possível, para programas adequados de integração sócio-profissional; o reforço da auto-estima e da autonomia pessoal e social; a interacção com a família e a comunidade, integrando-os em actividades de natureza útil, lúdica e recreativa, para que se mantenham activos e interessados; finalmente, o desenvolvimento das suas capacidades físicas e cognitivas.
Convém referir que este desenvolvimento de capacidades não pode estar vinculado a exigências de rendimento profissional ou a qualquer tipo de enquadramento normativo de natureza jurídico-laboral. Os produtos que resultam do seu labor produtivo representam um estímulo à valorização pessoal e podem funcionar como factor de integração e visibilidade social, uma vez comercializados em eventos específicos. O produto da venda dos bens produzidos no âmbito do CAO deve ser canalizado para os utentes que os produzem e não para as instituições (n.º 2, art. 10.º do Decreto-Lei 18/89, de 11 de Janeiro). Infelizmente, nem sempre assim acontece.
O CAO tem de assumir-se como um instrumento importante na construção do projecto de vida de cada indivíduo. Isso requer esforços no sentido de se contratar pessoal qualitativa e quantitativamente necessário para se atingir esse objectivo. Há casos em que é importante admitir um Terapeuta Ocupacional, um Terapeuta da Fala, ou um Fisioterapeuta que trabalhem com carácter exclusivo nesta valência. Nem sempre isso é possível, mas o bom deve aspirar sempre ao melhor e este só pode contentar-se com o óptimo. Estamos a falar de uma valência que ao contrário de outras respostas sociais tradicionais requer dinâmicas diferentes de intervenção.
Também os processos destes utentes devem estar organizados de forma a garantir um registo rigoroso em várias vertentes: a psicológica, a social, a clínica, a familiar, ou a educacional. É importante registar a observação sobre o modo como evolui cada jovem ou adulto em concreto. Isto pressupõe o recurso a dossiers individualizados que permitam uma distinção visível dos diferentes conteúdos, de modo a facilitar a sua identificação e consulta.
Enfim, ter um CAO é um privilégio para qualquer freguesia. Ele dá, a quem mais precisa, oportunidades de participação e gera interacções positivas entre pessoas que o frequentam e o meio que as envolve. Esta prática vai para além da perspectiva meramente reabilitativa. Distancia-se do termo «deficiência» e aposta na adopção do termo mais genérico «incapacidade», que engloba os diferentes níveis de limitações funcionais de cada indivíduo em particular.
O Centro Social Paroquial S. Pedro da Palhaça está a partir de agora dotado de uma infra-estrutura que serve o concelho, consolida o respeito pelos direitos humanos, promove a igualdade de oportunidades e combate a discriminação. O CAO, com capacidade para acolher actualmente 20 utentes, honra a freguesia, dignifica os seus obreiros e privilegia os potenciais utilizadores. E ajuda a combater o estigma social, que o sociólogo Erving Goffman define como sendo a situação do indivíduo que está inabilitado para a aceitação social plena.
Se a Praça de S. Pedro é a “sala de visitas” da freguesia, o Espaço Vida – que, além do CAO, vai integrar a Creche, o Centro de Dia, o Lar de Idosos e o Serviço de Apoio Domiciliário, instalações que vão conviver de perto com a ADREP e a futura Escola do 1.º Ciclo - arrisca-se a ser a “jóia da coroa”, um novo pólo de atracção e desenvolvimento da Palhaça a juntar a outros, como a zona industrial, que cresce a olhos vistos.
Um orgulho para os palhacenses. Um prémio para a sua fé inquebrantável e para a sua dedicação sem limites a iniciativas do género. Uma verdadeira locomotiva em andamento, que no caso do Espaço Vida muito deve à perseverança e ao dinamismo do seu maquinista: o padre José Augusto.
A Palhaça esteve em festa. O povo encheu-se de brios e acorreu em grande número, com natural regozijo. Nada do que engrandece a nossa terra nos é indiferente e não é todos os dias que se assiste à inauguração de um equipamento social tão importante para o concelho e para a vida das pessoas portadoras de incapacidade e suas famílias.
O Centro de Actividades Ocupacionais é uma resposta social desenvolvida em equipamento, que se destina a actividades para jovens e adultos de idade igual ou superior a 16 anos. Estamos a falar de pessoas que apresentam incapacidade grave, com dificuldades sérias em exercer, de forma temporária ou em permanência, uma actividade produtiva. Seres humanos que precisam de muito carinho e apoio específico e que por norma não estão abrangidos pelo regime de emprego protegido.
Os principais objectivos a atingir neste tipo de equipamento são: o encaminhamento destes jovens e adultos, sempre que possível, para programas adequados de integração sócio-profissional; o reforço da auto-estima e da autonomia pessoal e social; a interacção com a família e a comunidade, integrando-os em actividades de natureza útil, lúdica e recreativa, para que se mantenham activos e interessados; finalmente, o desenvolvimento das suas capacidades físicas e cognitivas.
Convém referir que este desenvolvimento de capacidades não pode estar vinculado a exigências de rendimento profissional ou a qualquer tipo de enquadramento normativo de natureza jurídico-laboral. Os produtos que resultam do seu labor produtivo representam um estímulo à valorização pessoal e podem funcionar como factor de integração e visibilidade social, uma vez comercializados em eventos específicos. O produto da venda dos bens produzidos no âmbito do CAO deve ser canalizado para os utentes que os produzem e não para as instituições (n.º 2, art. 10.º do Decreto-Lei 18/89, de 11 de Janeiro). Infelizmente, nem sempre assim acontece.
O CAO tem de assumir-se como um instrumento importante na construção do projecto de vida de cada indivíduo. Isso requer esforços no sentido de se contratar pessoal qualitativa e quantitativamente necessário para se atingir esse objectivo. Há casos em que é importante admitir um Terapeuta Ocupacional, um Terapeuta da Fala, ou um Fisioterapeuta que trabalhem com carácter exclusivo nesta valência. Nem sempre isso é possível, mas o bom deve aspirar sempre ao melhor e este só pode contentar-se com o óptimo. Estamos a falar de uma valência que ao contrário de outras respostas sociais tradicionais requer dinâmicas diferentes de intervenção.
Também os processos destes utentes devem estar organizados de forma a garantir um registo rigoroso em várias vertentes: a psicológica, a social, a clínica, a familiar, ou a educacional. É importante registar a observação sobre o modo como evolui cada jovem ou adulto em concreto. Isto pressupõe o recurso a dossiers individualizados que permitam uma distinção visível dos diferentes conteúdos, de modo a facilitar a sua identificação e consulta.
Enfim, ter um CAO é um privilégio para qualquer freguesia. Ele dá, a quem mais precisa, oportunidades de participação e gera interacções positivas entre pessoas que o frequentam e o meio que as envolve. Esta prática vai para além da perspectiva meramente reabilitativa. Distancia-se do termo «deficiência» e aposta na adopção do termo mais genérico «incapacidade», que engloba os diferentes níveis de limitações funcionais de cada indivíduo em particular.
O Centro Social Paroquial S. Pedro da Palhaça está a partir de agora dotado de uma infra-estrutura que serve o concelho, consolida o respeito pelos direitos humanos, promove a igualdade de oportunidades e combate a discriminação. O CAO, com capacidade para acolher actualmente 20 utentes, honra a freguesia, dignifica os seus obreiros e privilegia os potenciais utilizadores. E ajuda a combater o estigma social, que o sociólogo Erving Goffman define como sendo a situação do indivíduo que está inabilitado para a aceitação social plena.
Se a Praça de S. Pedro é a “sala de visitas” da freguesia, o Espaço Vida – que, além do CAO, vai integrar a Creche, o Centro de Dia, o Lar de Idosos e o Serviço de Apoio Domiciliário, instalações que vão conviver de perto com a ADREP e a futura Escola do 1.º Ciclo - arrisca-se a ser a “jóia da coroa”, um novo pólo de atracção e desenvolvimento da Palhaça a juntar a outros, como a zona industrial, que cresce a olhos vistos.
Um orgulho para os palhacenses. Um prémio para a sua fé inquebrantável e para a sua dedicação sem limites a iniciativas do género. Uma verdadeira locomotiva em andamento, que no caso do Espaço Vida muito deve à perseverança e ao dinamismo do seu maquinista: o padre José Augusto.
3 comentários:
Excelente novidade!
Parabens a todos os palhacenses!!Que muito se orgulhem deste importante passo, que vem, uma vez mais, demonstrar e fortalecer o enriquecido desenvolvimento de que a vila tem sido alvo nos ultimos anos.
Olá João!
Obrigado pelo comentário.
É verdade: a Palhaça está num processo imparável de desenvolvimento material. Oxalá não o faça à custa do progresso espiritual, pois um e outro devem coexistir em vez de se anularem reciprocamente, como tantas vezes acontece. E isso - quer se queira quer não - é sempre empobrecimento.
Um abraço e volta sempre.
Parece-me muito importante uma infra-estrutura como o CAO, atendendo aos objectivos subjacentes - acção, inclusão e exponenciação do ser humano com dada inadaptação ou deficiência, em vez da guetização, da compaixão (ou da «pena»), da inércia face à incapacidade do outro.
Acredito que surjam soluções criativas (em Coimbra, há, por exemplo, os muito bem sucedidos 5ª Punkada, banda composta por elementos com paralisia cerebral) e sinergias com a comunidade palhacense.
Espero que o CAO não se feche dentro do CAO.
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