quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A vida e a morte dentro de nós

Estamos habituados a celebrar a vida e nunca a morte, porque esta é sempre uma hora de dor para as pessoas mais próximas. Mas não devemos celebrar a vida só quando ela se inicia. Apesar da mágoa da morte de um amigo, devemos tentar celebrar a vida que teve e que partilhou.
Lembrarei sempre a calma, a ponderação, a humildade, o sentido de dar e de ouvir do Baptista. Mesmo quando calado, a ouvir as nossas conversas sem sentido (e para quem sabe, não são nada poucas), sabíamos ter ao lado um amigo para todas as horas. Penso que sentia que também nós tínhamos por ele um carinho igual. Ainda bem que o sentia.
Foi o Baptista que nos proporcionou projectos, viagens, aventuras e novas experiências. Teve paciência com as tropelias que íamos fazendo, acreditou em nós, deu-nos sem pedir. Com o Baptista conseguimos acreditar sempre que conseguiríamos fazer coisas novas.
Devemos-lhe parte do nosso crescimento e todas estas memórias ficarão dentro de nós.
Obrigado Baptista, pela amizade e pela parte da tua vida que connosco partilhaste ao longo de todos estes anos.
Miguel Neta

1 comentário:

Anónimo disse...

Subscrevo tudo o que dizes, Miguel. Se há sentimento que resume as tuas palavras é a gratidão - devemos mesmo muito ao Baptista... e provavelmente nem nos tínhamos apercebido disso, ainda.

Paulo Carvalho